O Museu de Botânica Dr. João Barbosa Rodrigues, um dos principais atrativos do Jardim Botânico de São Paulo (JBSP), foi reaberto no dia 22 de janeiro. O equipamento foi reformado e modernizado, ainda sob gestão da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA), com a missão de divulgar o conhecimento histórico-científico e ser um espaço de reflexão e educação ambiental sobre a importância da conservação da biodiversidade.

As instalações ganharam novos mobiliários e iluminação, além de serviços de limpeza, manutenção e pintura. O piso de madeira, da parte interna do prédio, foi substituído por um novo piso, também de madeira, obedecendo ao layout original. Com a madeira retirada foi elaborado o mobiliário para abrigar a nova exposição. Houve também a readequação do prédio para receber portadores de necessidades, construção de rampa de acesso, mobilidade interna, entre outras modificações.

Segundo o Coordenador do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), Marcelo Sodré, o novo projeto expositivo foi pensado para trazer mudanças e modernizar a forma de expor, incentivando o público a participar de forma ativa, promovendo um diálogo com as questões ambientais expostas. “Dividido em cinco salas, o museu promete uma imersão na história da botânica e do Jardim. Seu acervo é composto de amostras de plantas, sementes, madeiras e fotos, de forma disseminada em todos os ambientes, que receberam uma atração central, utilizando elementos expositivos centrais novos ou do acervo, criando uma atração representativa do conteúdo e do ambiente museográfico, permitindo a integração com as novas tecnologias”, salientou Sodré.

No local o público poderá também observar o uso de todas as vitrines originais das paredes, explorando a modulação das portas e seu uso como vitrine, painel impresso, auto iluminado, tela de vídeo, nichos, experiência interativa, além de seu mobiliário original, com mais de 100 anos, proveniente do Instituto Butantan.

“Esperamos que os visitantes ampliem seus conhecimentos sobre a história da botânica no Brasil e se sintam motivados e inspirados a conhecer mais sobre as plantas. Queremos que as pessoas, especialmente as crianças e jovens, estabeleçam uma conexão real com o ambiente natural e venham ao Jardim Botânico para conhecer mais sobre as plantas, com prazer e admiração, e voltem para casa com novos valores e atitudes”, afirma Nino Amazonas, atual diretor técnico do Jardim Botânico, agora sob gestão da concessionária Reserva Paulista, desde dezembro de 2021.

O museu costumava receber, antes da pandemia, cerca de 200 mil visitantes/ano, especialmente o público escolar. Seu prédio, bem como o Jardim Botânico são tombados pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). A reforma ocorreu entre os anos de 2019 e 2020, porém, o museu permaneceu fechado à visitação pública devido à pandemia da Covid-19. Os recursos foram executados por meio da Câmara de Compensação com investimento de R$ 1 milhão.

Escolas terão Programa de Visitas Educativas

Para as escolas, a principal novidade é que, a partir de agora, os alunos terão a oportunidade de vivenciar o museu com a mediação de um educador dedicado. Os conteúdos e estratégias correspondem a cada nível escolar do Ensino Fundamental II e Médio (crianças e adolescentes de 10 a 17 anos). O Programa de Visitas Educativas será lançado ainda no primeiro semestre de 2022 e funcionará por agendamento prévio de terça a sexta-feira em dois horários: 9h e 13h30.

O Museu de Botânica estará aberto aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. A entrada (inteira) no JBSP tem o valor de R $10,00 reais e dá direito à visita ao museu. Crianças de até 4 anos não pagam.

História do Museu

Inaugurado em 1942, o Museu Botânico manteve a exposição original até o início da década de 1990, quando recebeu uma apresentação de caráter didático, com plantas herborizadas, que enfatizava os biomas paulistas.

Em 2004, o Núcleo de Educação para Conservação tornou-se responsável pelo Museu Botânico. Desde então, promove exposições temporárias e implementa melhorias para atender o público em ações educativas. Em 2015, com a reformulação da exposição de longa duração, são inseridos elementos relativos à História da Botânica, à pesquisa institucional e às ações de conservação.